terça-feira, julho 31, 2007

Ingmar Bergman







PENSAMENTO

Ouça mais do que fala. Afinal de contas, para isso que a natureza lhe deu duas orelhas e apenas e uma boca.

Morreu o realizador Ingmar Bergman

Aos 89 anosMorreu o realizador Ingmar Bergman
30.07.2007 - 09h55 Agências
Morreu o realizador sueco Ingmar Bergman, aos 89 anos, anunciou a sua filha, Eva Bergman, à agência sueca TT. "A morte veio-lhe calma e docemente", disse Eva Bergman, sem precisar a causa e a hora exacta da morte do cineasta.
A cerimónia fúnebre será recatada, apenas na presença de amigos e família, mas ainda não foi avançada a data e o local.Bergman nasceu a 14 de Julho de 1918, em Uppsala, a norte de Estocolmo. O seu pai, um pastor luterano, tratava com desdém e austeridade o jovem Bergman, uma criança frágil e doente.O realizador começou a sua carreira como argumentista e chegou a realizar anúncios publicitários, para contornar o desemprego. A sua estreia no mundo cinematográfico aconteceu em 1946, com "Kris".O reconhecimento internacional chegou com a película "O Sétimo Selo", passada na Idade Média, que venceu o prémio do júri de Cannes em 1957.Filmes como "Cenas de um Casamento" e "Fanny e Alexandre", nomeados para os Óscares, deram a Bergman o estatuto de grande mestre do cinema moderno europeu.Em 1963, Bergman foi nomeado director do Teatro Nacional sueco e em 1985 recebeu a distinção de comendador da Legião de Honra francesa.Em 1987 publicou a sua autobiografia, "A Lanterna Mágica". Um ano depois, fundou, com outros dois cineastas, a Academia Europeia de Cinema. Em 1997 recebeu a Palma de Ouro de carreira no Festival de Cannes.Fora das luzes do cinema e do teatro, Bergman era, sobretudo, conhecido como um amante de mulheres. Casou-se por cinco vezes e as suas aventuras com as actrizes principais dos seus filmes eram sobejamente conhecidas. O actor teve nove filhos, das suas várias relações, a maioria deles seguiu uma carreira artística.Anunciou a sua retirada em 2004, aos 86 anos de idade.

domingo, julho 29, 2007

Pensamento de Sun Tzu



O que basta é: ser capaz de avaliar sua própria força, ter uma visão clara da situação do inimigo e obter apoio total de seus homens. Aquele que não faz planos ou estratégicas, e menospreza o inimigo, seguramente será capturado pelo oponente.

Pensamento

Vencer não é competir com o outro. É derrotar os seus inimigos interiores. É a própria realização do ser.

Nelly Furtado - Maneater

Sábado à noite em Cantanhede


sábado, julho 28, 2007

Save me - Aimee Mann

Magnolia - Wise Up - Aimee Mann

Vasco Pulido Valente, PÚBLICO, 28-7-2007

"Uma carreira partidária é hoje uma pura carreira profissional, em que a ideologia e as convicções não contam ou quase não contam."

quinta-feira, julho 26, 2007

Verdadeiros fait-divers, com sabor de mau gosto...

Se não fosse a aplicação da lei do aborto na Madeira, seria outra coisa qualquer, até porque já vimos o gosto e o prazer especiais que o Alberto João tem pela brincadeira.
Continuo a dizer que a culpa não é dele, nem tão pouco se trata de respeitar a sua legalidade, porque ele foi eleito pelos cidadãos.

O que espanta é a facilidade com que estas situações acontecem sem aplicação prática, ou seja, de que forma é que se vai aplicar o contrário?
Se um diz que não e o outro diz que sim, de que forma é a lei irá ser aplicada?
Claro que não estou de acordo com a previsão dos tribunais resolveram a situação. Nem tão pouco estou de acordo com o completo alheamento do Presidente da República, em relação a aplicabilidade da lei.
É de facto uma questão politica, como já se começou a falar e como questão politica, deve ser resolvida politicamente.

O bico dos pés e o bico de pés...

Um é substantivo, o outro é operacional.
Uns são efectivos, os outros fazem-se efectivos e competentes.
Não são como uma praga, mas começo a acreditar que é necessário encetar uma "luta" entre o bem e o mal, como a FORÇA apregoa, de forma a banir esta chaga social.
É penoso ver gente impreparada, mostrar-se como a maior das competências para gerir situações, pessoas. Mas, de facto a culpa não é deles, se é que temos que atribuir culpas a alguém. A culpa é de quem os deixa.

Como factor pedagógico, não seria importante, estudar este fenómeno?

quarta-feira, julho 25, 2007

Contra o medo, liberdade

A crítica é olhada com suspeita, o seguidismo transformado em virtude
Contra o medo, liberdade 24.07.2007 - 23h15 ,
Manuel Alegre
do Jornal Publico

Nasci e cresci num Portugal onde vigorava o medo. Contra eles lutei a vida inteira. Não posso ficar calado perante alguns casos ultimamente vindos a público. Casos pontuais, dir-se-á.
Mas que têm em comum a delação e a confusão entre lealdade e subserviência. Casos pontuais que, entretanto, começam a repetir-se. Não por acaso ou coincidência. Mas porque há um clima propício a comportamentos com raízes profundas na nossa história, desde os esbirros do Santo Ofício até aos bufos da PIDE. Casos pontuais em si mesmos inquietantes. E em que é tão condenável a denúncia como a conivência perante ela. Não vivemos em ditadura, nem sequer é legítimo falar de deriva autoritária. As instituições democráticas funcionam. Então porquê a sensação de que nem sempre convém dizer o que se pensa? Porquê o medo? De quem e de quê? Talvez os fantasmas estejam na própria sociedade e sejam fruto da inexistência de uma cultura de liberdade individual.Sottomayor Cardia escreveu, ainda estudante, que "só é livre o homem que liberta". Quem se cala perante a delação e o abuso está a inculcar o medo. Está a mutilar a sua liberdade e a ameaçar a liberdade dos outros. Ora isso é o que nunca pode acontecer em democracia. E muito menos num partido como o PS, que sempre foi um partido de homens e mulheres livres, "o partido sem medo", como era designado em 1975. Um partido que nasceu na luta contra a ditadura e que, depois do 25 de Abril, não permitiu que os perseguidos se transformassem em perseguidores, mostrando ao mundo que era possível passar de uma ditadura para a democracia sem cair noutra ditadura de sinal contrário.Na campanha do penúltimo congresso socialista, em 2004, eu disse que havia medo. Medo de falar e de tomar livremente posição. Um medo resultante da dependência e de uma forma de vida partidária reduzida a seguir os vencedores (nacionais ou locais) para assim conquistar ou não perder posições (ou empregos). Medo de pensar pela própria cabeça, medo de discordar, medo de não ser completamente alinhado. No PS sempre houve sensibilidades, contestatários, críticos, pessoas que não tinham medo de dizer o que pensam e de ser contra quando entendiam que deviam ser contra. Aliás, os debates desse congresso, entre Sócrates, eu próprio e João Soares, projectaram o PS para fora de si mesmo e contribuíram em parte para a vitória alcançada nas legislativas. Mas parece que foram o canto do cisne. Ora o PS não pode auto-amordaçar-se, porque isso seria o mesmo que estrangular a sua própria alma.Há, é claro, o álibi do Governo e da necessidade de reduzir o défice para respeitar os compromissos assumidos com Bruxelas. O Governo é condicionado a aplicar medidas decorrentes de uma Constituição económica europeia não escrita, que obriga os governos a atacar o seu próprio modelo social, reduzindo os serviços públicos, sobrecarregando os trabalhadores e as classes médias, que são pilares da democracia, impondo a desregulação e a flexigurança e agravando o desemprego, a precariedade e as desigualdades. Não necessariamente por maldade do Governo. Mas porque a isso obriga o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) conjugado com as Grandes Orientações de Política Económica. Sugeri, em tempos, que se deveria aproveitar a presidência da União Europeia para lançar o debate sobre a necessidade de rever o PEC. O Presidente Sarkozy tomou a iniciativa de o fazer. Gostei de ouvir Sócrates a manifestar-se contra o pensamento único. Mas é este que condiciona e espartilha em grande parte a acção do seu Governo.Não vou demorar-me sobre a progressiva destruição do Serviço Nacional de Saúde, com, entre outras coisas, as taxas moderadoras sobre cirurgias e internamentos. Nem sobre o encerramento de serviços que agrava a desertificação do interior e a qualidade de vida das pessoas. Nem sobre a proposta de lei relativa ao regime do vínculo da Administração Pública, que reduz as funções do Estado à segurança, à autoridade e às relações internacionais, incluindo missões militares, secundarizando a dimensão administrativa dos direitos sociais. Nem sobre controversas alterações ao estatuto dos jornalistas em que têm sido especialmente contestadas a crescente desprotecção das fontes, com o que tal representa de risco para a liberdade de imprensa, assim como a intromissão indevida de personalidades e entidades na respectiva esfera deontológica. Nem sobre o cruzamento de dados relativos aos funcionários públicos, precedente grave que pode estender-se a outros sectores da sociedade. Nem ainda sobre a tendência privatizadora que, ao contrário do Tratado de Roma, onde se prevê a coexistência entre o público, o privado e o social, está a atingir todos os sectores estratégicos, incluindo a Rede Eléctrica Nacional, as Águas de Portugal e o próprio ensino superior, cujo novo regime jurídico, apesar das alterações introduzidas no Parlamento, suscita muitas dúvidas, nomeadamente no que respeita ao princípio da autonomia universitária. Todas estas questões, como muitas outras, são susceptíveis de ser discutidas e abordadas de diferentes pontos de vista. Não pretendo ser detentor da verdade. Mas penso que falta uma estratégia que dê um sentido de futuro e de esperança a medidas, algumas das quais tão polémicas, que estão a afectar tanta gente ao mesmo tempo. Há também o álibi da presidência da União Europeia. Até agora, concordo com a acção do Governo. A cimeira com o Brasil e a eventual realização da cimeira com África vieram demonstrar que Portugal, pela História e pela língua, pode ter um papel muito superior ao do seu peso demográfico. Os países não se medem aos palmos. E ao contrário do que alguém disse, devemos orgulhar-nos de que venha a ser Portugal, em vez da Alemanha, a concluir o futuro Tratado europeu. Parafraseando um biógrafo de Churchill, a presidência portuguesa, na cimeira com o Brasil, recrutou a língua portuguesa para a frente da acção política. Merece o nosso aplauso.Oque não merece palmas é um certo estilo parecido com o que o PS criticou noutras maiorias. Nem a capacidade de decisão erigida num fim em si mesma, quase como uma ideologia. A tradição governamentalista continua a imperar em Portugal. Quando um partido vai para o Governo, este passa a mandar no partido, que, pouco a pouco, deixa de ter e manifestar opiniões próprias. A crítica é olhada com suspeita, o seguidismo transformado em virtude.Admito que a porta é estreita e que, nas circunstâncias actuais, as alternativas não são fáceis. Mas há uma questão em relação à qual o PS jamais poderá tergiversar: essa questão é a liberdade. E quem diz liberdade diz liberdades. Liberdade de informação, liberdade de expressão, liberdade de crítica, liberdade que, segundo um clássico, é sempre a liberdade de pensar de maneira diferente. Qualquer deriva nesta matéria seria para o PS um verdadeiro suicídio. António Sérgio, que é uma das fontes do socialismo português, prezava o seu "querido talvez" por oposição ao espírito dogmático. E Antero de Quental chamava-nos a atenção para estarmos sempre alerta em relação a nós próprios, porque "mesmo quando nos julgamos muito progressistas, trazemos dentro de nós um fanático e um beato". Temo que actualmente pouco ou nada se saiba destas e doutras referências.Não se pode esquecer também a responsabilidade de um poder mediático que orienta a agenda política para o culto dos líderes, o estereótipo e o espectáculo, em detrimento do debate de ideias, da promoção do espírito crítico e da pedagogia democrática. Tenho por vezes a impressão de que certos políticos e certos jornalistas vivem num país virtual, sem povo, sem história nem memória. Não tenho qualquer questão pessoal com José Sócrates, de quem muitas vezes discordo mas em quem aprecio o gosto pela intervenção política. O que ponho em causa é a redução da política à sua pessoa. Responsabilidade dele? A verdade é que não se perfilam, por enquanto, nenhumas alternativas à sua liderança. Nem dentro do PS nem, muito menos, no PSD. Ora isto não é bom para o próprio Sócrates, para o PS e para a democracia. Porque é em situações destas que aparecem os que tendem a ser mais papistas que o Papa. E sobretudo os que se calam, os que de repente desatam a espiar-se uns aos outros e os que por temor, veneração e respeitinho fomentam o seguidismo e o medo. Sei, por experiência própria, que não é fácil mudar um partido por dentro. Mas também sei que, assim como, em certos momentos, como fez o PS no verão quente de 75, um partido pode mobilizar a opinião pública para combates decisivos, também pode suceder, em outras circunstâncias, como nas presidenciais de 2006 e, agora, em Lisboa, que os cidadãos, pela abstenção ou pelo voto, punam e corrijam os desvios e o afunilamento dos partidos políticos. Há mais vida para além das lógicas de aparelho. Se os principais partidos não vão ao encontro da vida, pode muito bem acontecer que a recomposição do sistema se faça pelo voto dos cidadãos. Tanto no sentido positivo como negativo, se tal ocorrer em torno de uma qualquer deriva populista. Há sempre esse risco. Os principais inimigos dos partidos políticos são aqueles que, dentro deles, promovem o seu fechamento e impedem a mudança e a abertura. Por isso, como em tempo de outros temores escreveu Mário Cesariny: "Entre nós e as palavras, o nosso dever falar." Agora e sempre contra o medo, pela liberdade.

Charles Chaplin

Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontram todos os segredos, inclusivé o da felicidade.

Manuel Alegre insurge-se contra o "medo" instalado no PS

Histórico socialista fala de "clima propício" ao cerceamento das liberdades
Manuel Alegre insurge-se contra o "medo" instalado no PS
24.07.2007 - 23h14 Sofia Branco
Jornal Público


“Agora e sempre contra o medo, pela liberdade.” Assim termina o artigo de Manuel Alegre que é publicado hoje na íntegra pelo PÚBLICO, no espaço reservado à opinião. O histórico socialista fala de um “clima propício” ao cerceamento das liberdades e reclama que “o PS não pode auto-amordaçar-se”.
“No PS sempre houve sensibilidades, contestatários, críticos, pessoas que não tinham medo de dizer o que pensam e de ser contra quando entendiam que deviam ser contra”, recorda, contrapondo que agora há o “medo de pensar pela própria cabeça, medo de discordar, medo de não ser completamente alinhado”.São “casos pontuais”, reconhece o vice-presidente da Assembleia da República, mas, mesmo assim, “inquietantes”, porque relevam “um clima propício a comportamentos com raízes profundas na nossa história, desde os esbirros do Santo Ofício até aos bufos da PIDE”.Os ataques de Alegre às políticas seguidas pelo Governo de José Sócrates são muitos: à “progressiva destruição do Serviço Nacional de Saúde”; ao regime do vínculo da Administração Pública; ao Estatuto dos Jornalistas; ao “precedente grave” do cruzamento de dados na função pública; à “tendência privatizadora” de “sectores estratégicos”, como a electricidade, a água e o ensino superior.“Não tenho qualquer questão pessoal com José Sócrates, de quem muitas vezes discordo mas em quem aprecio o gosto pela intervenção política. O que ponho em causa é a redução da política à sua pessoa”, refere, lamentando a falta de “alternativas à sua liderança”, dentro do próprio PS, mas também no PSD.Manuel Alegre recusa o “álibi” nacional da “necessidade de reduzir o défice” e também “o álibi da presidência da União Europeia” – que, até agora, merece o seu “aplauso”. “O que não merece palmas é um certo estilo parecido com o que o PS criticou noutras maiorias”, diz, lamentando a “tradição governamentalista”, que leva um partido, quando está no Governo, a transformar o “seguidismo” “em virtude”.Analisando as eleições presidenciais – nas quais ele próprio, concorrendo sem apoio partidário, obteve mais de 20 por cento dos votos – e as intercalares de Lisboa – em que Helena Roseta e Carmona Rodrigues concorreram como independentes e somaram cerca de 27 por cento dos votos –, Alegre diz que os cidadãos demonstraram, com a abstenção ou o voto, que “há mais vida para além das lógicas de aparelho”.

terça-feira, julho 24, 2007

Jean Paul Sartre, filósofo francês 1905-1980

A felicidade não está em fazer o que a gente quer, e sim em querer o que a gente faz.

segunda-feira, julho 23, 2007

Momentos da Roménia...






Momentos da Roménia...






domingo, julho 22, 2007

Dalai Lama em Hamburgo

Dalai Lama em Hamburgo Foto@EPA/Ulrich Perrey
Dalai Lama saúda os cerca de 10.000 visitantes de 32 países antes do sermão no centro do Estádio de Ténis de Hamburgo. O tópico deste evento foi "Aprender a Paz".

A criança de Madagáscar

A criança de Madagáscar Foto@EPA/Kim Ludbrook
Uma criança aguarda pela chegada da comida num centro de ajuda humanitária na aldeia de Andara em Madagáscar. Esta zona do país tem crianças com graves problemas de nutrição. As técnicas agrícolas continuam a falhar e as condições meteorológicas também não ajudam.

Feira do livro em Hong Kong

Feira do livro em Hong Kong Foto@EPA/YM
Uma mulher faz os últimos preparativos para uma feira do livro que vai começar em Hong Kong no próximo dia 18. Em primeiro plano está o cartaz de promoção àquela que vai ser a jóia da coroa: o novo livro de Harry Potter. A feira vai ter 475 expositores.
Também eu segui esta saga juvenil, que entretanto também se tornou adulta, por força dos crescimentos ao longo destes anos. Eu ainda não li, mas os meus sim, leram...

Entende-se a preocupação dos partidos políticos

Não é de ânimo leve que 60% dos eleitores do concelho de Lisboa não votaram nas últimas eleições. Tudo acontece naturalmente, com os resultados do completo alheamento de sistemas e pessoas que fazem tudo menos governar.

Entende-se mas não é nenhuma surpresa o que está a acontecer. Tudo tem o seu ciclo de vida.

Foi numa deambulação que estava isto...

É fácil conquistar uma mulher cada dia. O difícil é conquistar a mesma mulher todos os dias.

sábado, julho 21, 2007

TODAY'S PHOTO


Sei-te de cor...Paulo Gonzo

RollingStones El Ejido Junio 2007

A Maria escreveu assim no seu correio a propósito de Shakespeare...

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que às vezes poderiamos ganhar pelo medo de tentar.

Queixa das almas jovens censuradas de Natália Correia

Dão-nos um lírio e um canivete
e uma alma para ir à escola
mais um letreiro que promete
raízes, hastes e corola
Dão-nos um mapa imaginário
que tem a forma de uma cidade
mais um relógio e um calendário
onde não vem a nossa idade
Dão-nos a honra de manequim
para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prêmio de ser assim
sem pecado e sem inocência
Dão-nos um barco e um chapéu
para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro
Penteiam-nos os crânios ermos
com as cabeleiras das avós
para jamais nos parecermos
conosco quando estamos sós
Dão-nos um bolo que é a história
da nossa historia sem enredo
e não nos soa na memória
outra palavra que o medo
Temos fantasmas tão educados
que adormecemos no seu ombro
somos vazios despovoados
de personagens de assombro
Dão-nos a capa do evangelho
e um pacote de tabaco
dão-nos um pente e um espelho
pra pentearmos um macaco
Dão-nos um cravo preso à cabeça
e uma cabeça presa à cintura
para que o corpo não pareça
a forma da alma que o procura
Dão-nos um esquife feito de ferro
com embutidos de diamante
para organizar já o enterro
do nosso corpo mais adiante
Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino
Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte

quarta-feira, julho 18, 2007

Isaac Newton

O que é facilmente adquirido é facilmente desprezado.

Se recordar aviva uma boa memória...

É fim de dia, de um enorme dia de calor com cerca de 40 graus, voltando de Piatra Neamt. A visita à região foi bastante interessante. Há locais no mundo com uma capacidade muito grande de deslumbrar.

O caminho de volta...ao longo da estrada as pessoas sentadas nos seus bancos em frente às suas casas, a ver a estrada passar, a ver o fresco do fim de dia...lembra outros tempos de uma humildade "não desenvolvida"...

segunda-feira, julho 16, 2007

Carlos Drummond de Andrade, poeta brasileiro 1902-1987

A sabedoria das nações alcança o espaço aéreo e aquático, só não alcança o coração dos homens.

Vietname ameaçado

16-07-2007 - 11:01Vietname ameaçado Uma criança utiliza uma protecção na cabeça enquanto é transportada de motociclo em Hanói, no Vietname. Estudos demonstram que o país é um dos locais do planeta de maior biodiversidade, mas cujos ecosistemas se encontram mais ameaçados. Menos de 25 por cento dos corais de recife ainda estão no seu estado natural e 75 por cento encontram-se ameaçados ou muito ameaçados, um valor oito vezes superior à média dos países do sudoeste da Ásia. Foto: Kim Kyung-Hoon/Reuters

sábado, julho 14, 2007

Pensamento

Se seus sonhos estiverem nas nuvens, não se preocupe, pois eles estão no lugar certo; agora construa os alicerces.

Lionel Richie - Hello

Vasco Pulido Valente, PÚBLICO, 14-07-2007

"A liberdade dia a dia negada nas mais simples coisas deixou de contar"

Do Pedro Abrunhosa...terá sido peça única deste fim de semana de leitura...

"O nosso país é tão pequeno que nem olha para o umbigo. O umbigo fica tão perto da boca e do recto que não se sabe se Portugal sabe bem ou cheira mal."

sexta-feira, julho 13, 2007

Parece que estas explicações já vêm de longe...

Não tem qualquer relação, o facto do jogador português de futebol dos sub-20 ter tirado o cartão vermelho do árbitro, a propósito do jogo de futebol entre o Chile e Portugal...

Por altura da ocupação romana na Peninsula Ibérica, o emissário romano dizia ao imperador que...aquele povo da ibéria não deixa governar nem se deixa governar....
Já nessa altura corria fama...por que será?

João Paulo Guerra, "Diário Económico", 13-07-2007

"É de uma trágica ironia que a fome em Portugal se possa, como pode, associar à democracia ou, pelo menos, às políticas de governos democraticamente constituídos (...)"

quarta-feira, julho 11, 2007

Bento XVI defende que comunidades protestantes não são Igrejas

Texto de Mário Robalo - Jornal Expresso

A Igreja Católica foi a única igreja fundada por Jesus. Um documento de Bento XVI, hoje publicado pela Santa Sé, reafirma «a plena identidade da Igreja de Cristo com a Igreja católica».


Bento XVI retoma posição de João Paulo II: só a Igreja Católica é «verdadeira».

Intitulado «Respostas a questões relativas a alguns aspectos da Doutrina sobre a Igreja» – cinco páginas de texto assinadas pelo Perfeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal William Levada, com data de 29 de Junho –, o texto elabora uma síntese de um conjunto de documentos do Concílio Vaticano II, de declarações dos Papas Paulo VII e João XXIII e de um polémico documento de João Paulo II, a «Dominus Iesus», no qual já o então cardeal Ratzinger escrevia que só à Igreja de Roma «foi confiada a verdade».
Sublinhando que o documento hoje divulgado pretende «dar com clareza a genuína interpretação» sobre a constituição da Igreja fundada por Jesus, a Declaração é elaborada de forma singular, em jeito de pergunta e resposta. E logo se esclarece que é na Igreja do Papa de Roma que subsiste «a continuidade histórica e a permanência de todos os elementos instituídos por Cristo». Por isso, conclui que as comunidades protestantes não podem ser consideradas de Igrejas. Porquê? «não têm sucessão apostólica» – aquilo que Roma considera como uma linha sucessória, de continuidade entre os papas, desde S. Pedro – e por esta razão as Igrejas protestantes estão privadas daquele «elemento essencial».
Recorde-se que, em 2000, quando a «Dominus Iesus» foi publicada, a comunidade protestante ficou muito chocada com o seu conteúdo. O Conselho Ecuménico de Igrejas que congrega todas as comunidades cristãs históricas, incluindo a Ortodoxa e os anglicanos, considerou a «Dominus Iesus» como uma «tragédia» para a continuidade do diálogo ecuménico, iniciado após o Concílio Vaticano II, em 1965. Resta saber o que pensam os responsáveis protestantes, quando conhecerem na íntegra o texto agora publicado por Bento XVI, no qual se reafirma que só na comunidade católica reside «a plena identidade da Igreja de Cristo».

Não é este o caminho...

Kalman Shulman

Amar a humanidade é fácil; o dificil é amar os seres humanos.

Rui Ramos, PÚBLICO, 11-07-2007

"O estado social não é a liberdade: é o controlo, pelo poder político, da vida de cada um. E o que o Governo faz, neste momento, é o necessário para manter e reforçar esse controlo."

O país que temos...

Que tipo de país é este que permite, no seu sistema, que obriga os seus cidadãos a trabalharem em condições de morte anunciada?

terça-feira, julho 10, 2007

Manto branco em Buenos Aires

10-07-2007 - 09:44Manto branco em Buenos Aires A neve caiu em Buenos Aires, na Argentina, um fenónemo natural que já não acontecia desde 1928. Esta criança posa para a fotografia junto de um carro depois da supreendente queda de neve na capital. Os media locais afirmam que já morreram três pessoas na última vaga de frio na Argentina, uma das quais perdeu a vida em Buenos Aires. Foto: Enrique Marcarian/Reuters

segunda-feira, julho 09, 2007

Um sentimento profundo...

Tenho-o encontrado por aí. Creio que nem ele sabe a forma do andar que muitas vezes o tem tentado aguentar, com alguns acidentes de percurso, como tentativa de corrigir rota, se é que existe alguma correcção a fazer.

Ele tem sentido falta de tudo. sentido falta de saber como tem sido a vida do outro lado, como tem estado.
A única coisa que ele quer é de bom sentimento, de bom querer, mesmo perdendo, quer que a vida boa se apodere, que a vida tenha tudo de bom, que a vida dê o melhor que possa e queira...

O código dos sonhos

Texto: Paula Nascimento com Sandra Gonçalves (psicóloga)

Um a um, desvendamos o significado dos sonhos mais comuns. Qual é o seu?
Todas as noites, participamos numa longa metragem. Durante 100 minutos somos actores ou realizadores de verdadeiros épicos que se desenrolam na nossa mente. Falamos dos sonhos, elementos essenciais da saúde mental que, dependendo do seu desenrolar, nos confortam ou perturbam. Podemos defini-los como a expressão de pensamentos, sentimentos ou sensações que vivemos e, mais tarde, são recriados na mente em cenários sensoriais.
O nosso córtex sensorial, é estimulado durante o sono REM (Rapid Eye Movement), altura em que as ondas cerebrais estão mais activas e processam a informação acumulada durante o dia. A reacção mais comum ao acordar é pensar que um sonho não faz sentido. Isso é normal, pois «os sonhos desaf iam as leis da lógica e as categorias de espaço e tempo», conta Sandra Gonçalves, psicóloga, salientando que «sonhar é vital para o equilíbrio psicológico».
«Os sonhos contribuem para a digestão psicológica das nossas experiências», acrescenta ainda. Assim, quando dorme não só restabelece o corpo, mas também a mente. Todos os sonhos têm um significado e se não se lembra do que sonhou não é porque não o faça, mas antes sinal que precisa de treinar a memória. Entre connosco neste universo e descubra o que se esconde por detrás dos sonhos.

SER PERSEGUIDA
Foge de alguém ou de um animal que o persegue sem tréguas, mas acorda sempre antes de ser apanhado. Este sonho acompanha o homem desde a era primitiva, altura em que este era obrigado a lutar e a fugir de animais selvagens e membros de outras tribos rivais. Crê-se que é uma resposta natural aos períodos de stress que vivemos diariamente. Hoje em dia, estes monstros foram substituídos por outros de carácter emocional como a ansiedade, inveja e até mesmo o ódio.

CAIR
Está a avançar por um caminho, quando o chão desaparece sob os seus pés e vê-se em queda livre. Acorda antes de chegar ao solo. Trata-se de outro sonho com origem no homem primitivo, quando este corria risco de vida ao trepar as árvores em busca de comida. Envolve sempre uma situação de vida ou morte e, no sonho, as árvores podem ser substituídas por edifícios altos ou elevadores. Este tipo de imagem reflecte uma situação de insegurança, em que quem sonha sente a falta de uma rede de apoio à sua volta. Acordar a meio de um sonho é um mecanismo de defesa amplamente usado para escapar ao perigo personificado neste tipo de situação.

NUDEZ TOTAL OU PARCIAL EM PÚBLICO
Está no seu local de trabalho ou na rua e percebe que se encontra nua. É um sonho que ocorre em todas as idades, inclusive crianças, e envolve sentimentos de exposição, vulnerabilidade e vergonha. A forma mais comum do sonho envolve uma nudez parcial e o seu significado varia consoante o local onde ocorre. Se, por exemplo, o sonho decorre no local de trabalho pode sugerir sentimentos de inadequação com o trabalho que desempenha. Outro significado sugere que as roupas representam a nossa máscara social e ao libertarmo-nos delas queremos dar-nos a conhecer melhor a quem nos rodeia.

MORTE
Sonha com a sua própria morte ou com a morte de um ente querido. Regra geral, é um sonho altamente perturbador, mas também bastante comum. O seu significado acaba por ser positivo pois está associado a um corte com uma parte da nossa vida que não nos satisfaz. Além disso, pode ser indicador de um choque emocional recente do qual ainda não recuperou ou de que está constantemente a ser alvo de agressividade ou pressão, sentindo-se literalmente debaixo de fogo.

VOAR
Está a andar e, de repente, sente que os seus pés se levantaram do solo e está voar sentindo-se imensamente feliz. É um sonho comum e reflecte a vontade de gozar a sensação de liberdade, longe das amarras impostas pela vida de todos os dias. Pode também indicar que considera as exigências do seudia-a-dia monótonas e tenta escapar voando para o seu próprio mundo. Outra interpretação possível étratar-se de um sonho construtivo que lhe demonstra que necessita de ir mais longe usando as suas aptidões naturais (que podem estar subaproveitadas), ou ainda um incentivo para repetir aquela sensação de felicidade na sua vida diária.

NADAR
Nada no oceano sem se cansar, apenas rodeada por uma imensidão de água. A água está ligada à fonte da vida, por isso o mar é uma metáfora para a fonte da nossa inspiração e do nosso potencial criativo. Pode significar que está na altura de se deixar levar pela sua criatividade. O mar também representa o nosso insconsciente, pelo que outro dos significados deste sonho prende-se com a vontade explorar os seus sentimentos mais ocultos, para compreender a total profundidade dos mesmos.

SEXO COM UM ESTRANHO OU COM UM COLEGA
Sonha que tem relações sexuais com um alguém totalmente inesperado. Há sonhos que nem às paredes se confessam e alguns podem incluir pessoas totalmente inusitadas, como colegas de trabalho e desconhecidos. O significado pode ser uma mera compensação onírica por uma vida sexual monótona ou inexistente. Não sendo esta a situação, é possível que o amante do seu sonho personifique uma qualidade que gostaria de adoptar como, por exemplo, um desejo de poder, no caso de se tratar de um sonho erótico com o seu patrão.

DENTES A CAIR
Range os dentes e estes caem da sua boca. A menos que tenha uma hora marcada no dentista, este sonho tem diversos significados simbólicos, acreditando-se que se encontra ligado directamente à raiva. Como os dentes são essenciais para mastigar e agarrar os alimentos, este sonho pode simbolizar a necessidade de tomar medidas para se tornar mais enérgica e agarrar a vida de uma forma mais positiva. Reflecte também uma preocupação com a maneira como os outros a vêem, nomeadamente ao nível da sua aparência e do receio de não transmitir uma boa imagem de si própria.

CASA
Ameaçada ou cada vez mais ampla, a casa é o espelho do que sentimos. Se sonha com a destruição da sua propriedade por um desastre como um incêndio, provavelmente um dos aspectos importantes da sua vida encontra-se sobre ameaça. A casa é a metáfora para a nossa personalidade e se sonha que está a descobrir quartos novos, possivelmente também está a descobrir coisas novas em si. Todos os sonhos que envolvam reparações ou melhorias na sua casa revelam que um aspecto muito importante da sua vida se encontra em evolução.

DESEMPENHO FRACO NUM TESTE
Percorre as salas à procura do local do teste, mas em vão. Finalmente chega e já começaram sem a sua presença. Pode ocorrer muitos anos depois de abandonar os bancos da escola, especialmente se se sentir a ser posta à prova na sua vida quotidiana. Confrontada com uma nova relação ou novo desafio profissional sente que não está completamente preparada, o que despoleta sentimentos de insegurança. Os testes mostram as nossas capacidades aos outros e ao falhar revelamos que não nos encontramos à altura dos padrões que estabelecemos para nós próprios.

PERDIDAEstá perdida e não consegue, por mais que tente, encontrar o caminho de regresso à sua casa. O significado mais directo deste sonho tem a ver com uma falta de realização profissional ou pessoal, em que a pessoa em causa ainda não sabe o que fazer para alterar a situação. Pode também indicar que procura voltar a um local onde viveu momentos felizes, o que demonstra que a sua vida actual não é satisfatória. Se o local que procura está associado à sua juventude ou infância, este sonho demonstra ainda que tem dificuldade em lidar com o facto de estar a envelhecer.

Uma mente esclarecida consegue ver melhor...

Sempre foi assim, quando a mente está em paz, quando começamos a arrumar a vida, quando começamos a nos desapegar das coisas, quando descemos à terra....começamos a ver melhor...

Helena Matos, PÚBLICO, 09-09.2007

"O que distingue o Governo de Sócrates não é o procurar intervir na comunicação social. O que há de novo é a convicção por parte do Governo de que pode não resistir a uma imprensa livre ou 'desregulada'".

sábado, julho 07, 2007

Insurgir contra os sintomas da demência...a coragem tambem se mede nestes actos...



A entrevista de Bruna Lombardi ao Tabu do Sol...

A grande sorte que se pode ter é descobrir aquilo de que se gosta e fazê-lo para o resto da vida.

Diz o Paulo Coelho

Um homem corajoso é aquele que ousa fazer o que acha certo, e aguenta as consequências dos seus actos.

Não se trata de nenhuma receita de farmácia para curas milagrosas...


A arte de arruinar a sua própria vida


sexta-feira, julho 06, 2007

Jorge Palma - Encosta-te a Mim

Trabalho em tons de verde

06-07-2007 - 16:20Trabalho em tons de verde Um grupo de mulheres trabalha num campo agrícola na localidade indiana de Sarai Gopal, a 35 quilómetros da cidade de Allahabd. Foto: Jitendra Prakash/Reuters

Trinta e nove mulheres morreram vítimas de violência doméstica em 2006



Notícia do Jornal Público de hoje.

87 por cento das vítimas de violência doméstica em 2006 eram do sexo feminino.

Trinta e nove mulheres portuguesas foram mortas em 2006 pelos seus maridos ou companheiros e 43 ficaram gravemente feridas, segundo um estudo apresentado hoje, em Lisboa, pela presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.
O documento foi divulgado durante um seminário do Conselho da Europa, a decorrer em Lisboa, que abordará a recolha de dados como um requisito para políticas eficazes de combate à violência contra as mulheres.Este é o terceiro de cinco seminários integrados na campanha do Conselho da Europa para combater a violência contra as mulheres lançada em Novembro, em Madrid.Arménia, Chipre, Geórgia, Itália, Malta, São Marino, Eslováquia e Ucrânia foram os países convidados para participar no encontro.

Ocorrências registadas quase duplicaram

Segundo a presidente da Comissão para a Igualdade, Elza Pais, nos últimos seis anos (entre 2000 e 2006), o número de ocorrências de violência doméstica registadas pelas forças de segurança quase duplicou, passando de 11.162 para 20.595.Para os peritos, este indicador não deverá corresponder a um aumento da violência mas a uma maior visibilidade do fenómeno, levando assim ao crescimento das denúncias.Os dados hoje revelados indicam que 87 por centodas vítimas de violência doméstica em 2006 eram do sexo feminino e 13 por cento do sexo masculino.

212 condenações no ano passado

Ainda no âmbito do homicídio conjugal (que representa 16,4 por cento do homicídio geral), o documento revela que em 2006 foram condenadas a cumprir pena de prisão 212 pessoas com idades entre os 21 e os 51 anos, de nacionalidade portuguesa.Segundo Elza Pais, diversos estudos internacionais sugerem que muitas das mortes de mulheres são cometidas em contactos de violência conjugal.Pesquisas feitas na Austrália, Canadá, Israel, África do Sul e Estados Unidos demonstram que entre 40 e 70 por cento das mulheres assassinadas anualmente foram mortas pelos maridos ou namorados em contextos de violência conjugal.Nos Estados Unidos, por exemplo, aproximadamente um em cada três homicídios de mulheres são de natureza conjugal, enquanto no Reino Unido 120 mulheres são mortas por ano pelo cônjuge ou companheiro.Em Espanha, cem mulheres são mortas pelos seus actuais ou ex-companheiros em cada ano, estimando-se que, por semana, uma mulher espanhola morra nas mãos do seu companheiro.

Portugal no bom caminho

Em muitos países as "questões de honra" contribuem também para a morte de muitas mulheres e em diversas sociedades a "honra" de um homem está directamente relacionada com "a pureza" da mulher da família.No encontro de hoje, Mendes Bota, vice-presidente do Comité para a Igualdade entre Mulheres e Homens da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, revelou que pelo menos 80 milhões de mulheres dos países da comunidade europeia já sofreram de violência doméstica.Segundo Mendes Bota, Portugal tem feito um percurso exemplar no combate e prevenção do problema, mas ainda não foi suficiente para travar o número de mortes anuais.

Dados deviam ser comparáveis

Um dos objectivos da campanha do Conselho da Europa, que tem como lema "tudo começa com um grito e nunca deve acabar num grande silêncio", é sensibilizar para o problema dando voz às mulheres que não têm voz, referiu.Em discussão no seminário de hoje esteve a necessidade de ser feita uma harmonização na recolha de dados dos vários países de forma a permitir uma análise comparativa.Hilary Fisher, presidente da Task Force do Conselho da Europa para combater a violência contra as mulheres, explicou que a recolha de dados fiáveis é um dos grandes desafios."É necessário e essencial ter dados comparáveis a nível internacional. Não basta a recolha. Há que estabelecer uma ponte directa", disse.

Clarice Lispector

Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta o nosso edifício interior.

quinta-feira, julho 05, 2007

Fome

05-07-2007 - 10:24Fome Uma das filhas de Mohammad Ishaq e Bismillah chora por comida, deitada no chão, em Akhera, no estado indiano de Haryana. Ishaq, agricultor de 50 anos, e a sua mulher, de 40, tiveram 23 filhos, três dos quais morreram. A última criança deste casal nasceu em Junho. Foto: Adnan Abidi/Reuters

O direito a ter direito...

Todos somos seres humanos, iguais na sua essência, nos princípios da existência e todos temos direito aos nossos direitos...

Direito a existir, a amar, a trair, a sonhar, a matar (??), a trabalhar, a viver, a mentir, a dizer a verdade, a lutar pela vida, a cumprir, a esforçar-se, a conseguir, a recusar, a ser amado, a passar férias, a retirar, a dar, a ter saudades, a sentir a falta, a pedir; os direitos de fazer e ser tudo o que queiramos. São os nossos direitos a fazer e a ser que nos levam a ter...

Elmer G. Letterman

Só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos: conservar os velhos.

A festa da rainha

A festa da rainha Foto@EPA/Lise Aserud
A rainha Sonja, da Noruega, festeja o seu 70º aniversário em Stavanger com crianças locais. Os pequenos convidados ofereceram-lhe uma coroa de cartolina feita pelos próprios, cujas medidas não foram contudo as mais apropriadas.

quarta-feira, julho 04, 2007

Mensagem

Entre a lembrança do passado e a expectativa do futuro, há uma estreita passagem chamada Agora em que o tempo não entra.

Os imortais

Os imortais Foto@EPA/Adrian Bradshaw
Filas de estátuas de soldados e cavalos do exército Terracotta guardam o túmulo do primeiro imperador chinês, na cidade de Xi'an. Seis mil destas figuras com mais de dois milénios foram desenterradas e reparadas através de um processo que envolve dúzias de especialistas

Devo a prisão à minha mãe

É este o titulo de uma notícia saída este último fim de semana no Jornal Sol.

Chocou-me a notícia pelo seu conteudo profundo de alguém que teve de procurar a vida, de viver a vida da melhor maneira porque não teve oportunidade para ter outra.

Diz...

"Devo a prisão à minha mãe.
Foi pastor à força e delinquente por intenção. Ainda menino viveu o suicídio do pai e a fuga da mãe. Hoje, casado e com três filhos, só pensa na família."

"O meu pai tinha problemas com o álcool e a minha mãe acabou por fugir com um amante. E por causa disso o meu pai morreu."

"...Fui eu que dei com o corpo pendurado. Costumava andar numa bicicleta que ele me tinha comprado, e um dia disse-me para ir à taberna comprar rebuçados. Quando vim ele já estava morto. Eu tinha cinco anos."

As opções da vida também passam pelos nossos.
Felicidade também quer dizer espirito de missão, por aquilo e com quem queremos nos sentir bem.

terça-feira, julho 03, 2007

Fisco deixa de cobrar 1.200 milhões de euros de impostos...

Vem publicada na imprensa de hoje.
Para mim falta saber se é verdade e em que circunstâncias isso aconteceu...

Diria...a ser verdade...como se vai responsabilizar, pedir responsabilidades por esta situação?
Justiça aplica-se...

Espanha lança campanha para acabar com as dietas rápidas

Alexandra Marques
Jornal de Noticias

Depois da luta contra a anorexia no mundo da moda, o Ministério da Saúde espanhol está agora empenhado em combater a falácia das dietas milagrosas e lançou, por isso, uma página na Internet que denuncia os riscos de se adoptar um regime alimentar drástico para se perder peso em poucos dias. A página foi apresentada pela própria ministra da Saúde, Elena Salgado, que sublinhou ser "o Verão uma época propícia para cultivar hábitos de vida saudáveis e em que prolifera este tipo de dietas, sem nenhuma base científica". "Não existem milagres na nutrição. Não se pode perder peso em poucos dias", sublinhou a governante. Todos os especialistas afirmam que "a redução da gordura corporal deve ser gradual, alcançada a médio e longo prazos, através de uma alimentação equilibrada, que se mantenha ao longo da vida e sem esquecer o exercício físico", salientou a ministra, numa declaração pública ao povo espanhol.Comer várias vezes ao dia uma sopa de legumes - de cebola, repolho, feijão, tomate, grão - ou beber apenas batidos não é solução, porque, embora tenham poucas calorias, fazem com que o corpo fique com défice de proteínas, vitaminas e minerais."As pessoas têm de saber que não podem perder peso num tempo recorde sem riscos para a saúde. O peso ideal, além de ser diferente para cada indivíduo, deve assentar em critérios de saúde e não estéticos. As dietas devem ser personalizadas e recomendadas por um médico", referiu Elena Salgado. Para além dos adultos, este site destina-se, em especial, aos adolescentes e jovens "para os quais estas dietas podem ser a porta de entrada na anorexia ou na bulimia". O público-alvo são, no entanto, as mulheres, uma vez que representam 81% das pessoas que recorrem a dietas face aos 19% de homens.

Como detectar quais são
Não podendo ser proibidas, porque são compostas por alimentos autorizados pela Agência Espanhola de Segurança Alimentar, é de assinalar que "há uma publicidade enganosa, que se encontra no limite do legal", garantiu o Governo espanhol. A saber todas as dietas que prometem uma rápida perda de peso - mais de cinco quilos por mês-, que dizem não implicar esforço e que garantem não ter riscos para a saúde, são suspeitas. A falta de certos nutrientes no organismo pode desencadear transtornos no comportamento alimentar, produzir depressão e favorecer o efeito ricochete, pois durante a dieta perde-se água, que se recupera depois, quando se pára, em gordura. Existem três categorias destas dietas as hipocalóricas desequilibradas, as dissociativas e as excluentes. A primeira provoca um efeito ricochete caracterizado por uma rápida recuperação de peso e perda de massa muscular. A dissociativas assentam na combinação de alimentos. A excluente elimina da alimentação um dado nutriente. Podem, por exemplo, ser ricas em hidratos de carbono mas sem lípidos e proteínas.

segunda-feira, julho 02, 2007

Os amantes sem dinheiro de Eugénio de Andrade

Tinham o rosto aberto a quem passava.
Tinham lendas e mitos
e frio no coração.
Tinham jardins onde a lua passeava
de mãos dadas com a água
e um anjo de pedra por irmão.

Tinham como toda a gente
o milagre de cada dia
escorrendo pelos telhados;
e olhos de oiro
onde ardiam
os sonhos mais tresmalhados.

Tinham fome e sede como os bichos,
e silêncio
à roda dos seus passos.
Mas a cada gesto que faziam
um pássaro nascia dos seus dedos
e deslumbrado penetrava nos espaços.

Foi a melhor prenda de anos que algum dia tive...

Isto ajuda e muito.
Fui comprar dois livros, que ao que parece estão muito em voga: A Profecia Celestina e O Segredo.
Vou gostar da leitura.

Era sábado. Nesse dia havia colheita lá em casa e era dia de aniversário, sim, aquele dia de aniversário.
Nessa altura havia o brilho nos olhos, o sentimento de vida...
Bastou a companhia, bastou o encontro das nossas palavras, bastou sentir que a alma e o coração tinham mais aquele dia marcado.
Foi o melhor dia de aniversário que algum dia tive...

Arrumar Marx

02-07-2007 - 15:25Arrumar Marx O busto de Karl Marx é arrumado ao lado dos de outros ideólogos e dirigentes comunistas (Friederich Engels, Lenine e Estaline) no Museu Nacional de História de Bucareste, na Roménia. A exposição sobre o comunismo na Roménia, entre 1945 e 1989, é inaugurada amanhã. Foto: Bogdan Cristel/Reuters

Momentos de Angola...Luanda...



Momentos de Angola...Luanda...





Momentos de Angola...Luanda...






Momentos de Angola...Luanda...






domingo, julho 01, 2007

santos e pecadores - não voltarei a ser fiel

Pensamentos de Pitágoras que gostaria de registar e que se encontram publicados na última Sabado...

Não fales da tua felicidade a quem não for tão feliz como tu.

Escuta, serás sábio. O ínicio da sabedoria é o silêncio.

Não sabe falar quem não sabe calar.

Ser criança no Iraque

30-06-2007 - 14:37Ser criança no Iraque De mãos no ar, uma criança iraquiana assiste às buscas que soldados norte-americanos e iraquianos fazem de manhã cedo à casa da sua família em Baquba, a norte de Bagdad, onde centenas de rebeldes continuam a combater a presença das forças internacionais em território iraquiano. Foto: Goran Tomasevic/Reuters.