quarta-feira, outubro 18, 2006

Governo explica subida da electricidade


Consumidor esteve vários anos a pagar menos do que devia, diz secretário de Estado
O secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, António Castro Guerra, declarou que "a culpa" do aumento de 15,7 por cento da electricidade para os consumidores domésticos em 2007 é do próprio consumidor, porque esteve vários anos a pagar menos do que devia. A DECO contrapõe, afirmando que a culpa dos aumentos é dos "sucessivos Governos".
Em declarações à rádio TSF, António Castro Guerra considera que em última análise a culpa deste aumento, que reconheceu ser grande, é dos consumidores.
Até este ano a lei impedia uma actualização de preços acima da inflação e isso criou um défice tarifário que, na opinião de Castro Guerra, "só pode ser imputado aos consumidores".
"São os consumidores que devem este dinheiro. Não é mais ninguém", disse o secretário de Estado à TSF, considerando que este "foi quem mais consumiu tarifas no passado e isso gerou défice".
De acordo com o secretário de Estado adjunto da Indústria e da Inovação, este défice vai ser recuperado num prazo de três a cinco anos.Aumentos menores para as empresas
Questionado sobre o facto de o aumento para as empresas ser menor, o responsável refere que "isso tem um fundamento". "As empresas estão a competir no mercado e nós não podemos por razões de energia reduzir a competitividade das empresas e mesmo assim já é um aumento substancial", explicou.
António Castro Guerra lembrou que os aumentos são da exclusiva competência da Entidade Reguladora do Sector Energético mas admitiu que "no futuro o Governo pode criar mecanismos que evitem aumentos tão elevados".DECO acusa "sucessivos Governos"Em reacção às declarações do secretário de Estado, a associação de defesa dos consumidores (DECO) considera que a culpa dos aumentos na electricidade é dos sucessivos poderes políticos e não do consumidor. Em declarações à agência Lusa, o jurista da Deco Luís Salvador Pisco disse que o secretário de Estado "está mal informado sobre o assunto em causa" negando que a culpa seja do consumidor. "A culpa não é do consumidor. A culpa do défice tarifário é do Estado porque não interveio quando devia ou interveio de forma deficitária", argumentou. Salvador Pisco explicou que é "socialmente injusto" que tenham que ser os consumidores domésticos a suportar os custos acrescidos com as energias renováveis, quando quem mais consome e mais polui no país são os clientes industriais.
Com Lusa
E agora digo eu:
pensei por instantes que se tratasse de um problema de expressão ou, vá lá, se tratasse de um problema de raciocinio.
Nada disso.
Despois de ler esta noticia algumas vezes, não tenho dúvidas que se trata de má formação mental e de más intenções premeditadas, para fazer de todos parvos e metecaptos.
Parece que este senhor secretário de estado está a fugir ao controlo do primeiro ministro, que a ser verdade exercer algum controlo sobre eles, faça o favor de controlar este, de pelo menos o ensinar a falar, mesmo que não diga a verdade.
Um dia, pode ser, aconteça a mesma coisa que o primeiro ministro da Hungria. Um dia, pode ser que alguem deixe o microfone aberto e se ouça a verdade.