domingo, agosto 13, 2006

PORVENTURA DEVERIA HAVER MAIS DIAS ASSIM?

Nada fazia prever que terminasse daquela forma; a senhora que estava a meu lado no avião vira-se para mim e disse-me: vai desculpar-me mas tenho estado também a ler o livro que vai a ler e gostaria que me informasse como se chama o livro e quem é o autor. Eu mostrei-lhe a capa do livro e a senhora tirou os apontamentos que achou dever tirar e disse-me: nunca ouvi falar deste autor e eu disse-lhe que era brasileiro. Comentou-me na parte final que também já teve os mesmos problemas que estão mencionados no livro e que gosta muito do tema. Disse-lhe que poderia encontrar o livro com facilidade em Portugal. Deu um sorriso, fechou os olhos e entretanto o avião estava quase a chegar a Lisboa.

Tínhamos tempo de sobra para apanhar o avião, que ainda ia fazer uma escala em Munique. Cerca de três horas de antecedência.
Na maior das surpresas e quando faltavam 5 km para chegar ao aeroporto, aparecem dois grandes engarrafamentos de transito, pela simples razão que a fazer acompanhar a estrada de acesso havia uma das principais linhas de comboio, com algumas passagens. Que grande confusão.
Bem, chegamos ao aeroporto faltava uma hora, mas o terminal não era aquela, pois fomos dar às chegadas e tivemos que andar novamente a correr, desta vez a pé e sem engarrafamentos para o terminal das partidas.
Correu tudo bem.

Chegamos a Munique com uma hora para fazer o trânsito. No dia anterior tinha havido alerta de possíveis atentados terroristas. No aeroporto era tudo passado a pente fino, com uma quantidade enorme de passageiros a serem verificados. O tempo passava e restavam cerca de 30 minutos. Passei toda a gente a pedir licença, até que mesmo junto às verificações um outro passageiro começa a olhar o meu bilhete e me diz que não me deixa passar porque o voo dele é antes do meu, ao que lhe agradeci.
La cheguei, sem problemas, apenas com uma corrida, que me fez abrir o apetite.