segunda-feira, maio 28, 2007

A Busca da Felicidade

Conferências · Quinta 31 de Maio, Sexta 1 e Sábado 2 de Junho de 2007Das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 18h00 · Pequeno Auditório · Entrada livre


Depois de, durante longos anos, a ciência contemporânea se ter sobretudo interessado pelas perturbações dos indivíduos relacionadas com as suas dimensões negativas (depressões, ansiedades, etc.), a última década viu florescer um conjunto de abordagens interessadas em compreender as «emoções positivas», isto é, as razões que motivam maiores ou menores índices de alegria, optimismo, etc. nas pessoas.
Essa investigação, que levou à compreensão das próprias dimensões genéticas da questão, tem tido, entretanto, uma enorme repercussão num vasto domínio de sectores. A ideia de que a «felicidade» pode ser o resultado da combinação de um conjunto de factores tanto internos como externos ao individuo e, portanto, susceptível de ser «trabalhada» motivou o interesse de inúmeras outras áreas disciplinares, da economia à sociologia, repercutindo-se hoje mesmo sobre as instâncias de decisão política. Convirá talvez relembrar que as sociedades ocidentais nasceram, por via da Revolução Francesa e Americana, sob o signo da «felicidade dos povos».
Esta conferência pretende, então, dar eco de alguma da reflexão que tem vindo a ocorrer focando-se, essencialmente, nos seguintes tópicos:
o que sabemos hoje, do ponto de vista científico, sobre a «felicidade» e como podemos olhar para ela à luz da história da ideia de felicidade como ela existiu no passado
como é que esse conhecimento cientifico se tem desenvolvido na perspectiva de compreender não só porque é que alguns indivíduos são mais «felizes» que outros, mas também porque é que há países mais «felizes» do que outros
que impactos é que os conhecimentos adquiridos pela ciência estão a ter nas empresas e nas organizações em geral na perspectiva de uma estimulação das «emoções positivas»
de que forma o pensamento económico está a integrar este conhecimento sobre o papel dos «estados afectivos» nos seus modelos tradicionais
que reflexos encontramos nas novas práticas sociais e culturais contemporâneas.