quarta-feira, março 14, 2007

Sexualidade: Francesas com vida sexual mais activa depois dos 50 anos - estudo

Paris, 14 Mar (Lusa) - A sexualidade das francesas evoluiu em 15 anos: as mulheres têm a sua primeira relação mais cedo e uma vida sexual mais activa depois dos 50 anos, ao mesmo tempo que mudam mais vezes de parceiro, revela um estudo.
O estudo - "Contexto da Sexualidade em França" - foi realizado por vários organismos oficiais e abrangeu mais de 12.000 pessoas de ambos os sexos, com idades entre os 18 e os 69 anos.
De acordo com o inquérito, as mulheres dos 50 aos 69 anos e com parceiro têm uma vida sexual mais intensa, chegando a praticar sexo sete vezes por mês, contra cinco há 15 anos.
A maioria das inquiridas entre os 60 e 69 anos (70 por cento) casou-se com o homem com quem teve a sua primeira relação sexual, ao passo que apenas 20 por cento das jovens entre os 20 e os 24 anos o fizeram.
A investigação indica que se esbateu, em 50 anos, a diferença entre homens e mulheres quanto à idade média da primeira relação sexual: elas passaram dos 20,6 para os 17,6 anos e eles transitaram dos 18,8 para os 17,2 anos.
Além de terem mais cedo a sua primeira relação sexual, as mulheres mudam mais de parceiro ao longo da sua vida.
Em média, os homens tiveram relações com 11,6 mulheres, número que se mantém estável há mais de 30 anos, ao passo que as mulheres admitem que já tiveram 4,4 companheiros contra 3,3 em 1992 e 1,8 em 1970.
São também as mulheres que confessam que tiveram mais relacionamentos homossexuais: quatro por cento contra 2,6 por cento em 1992. Em contrapartida, o número de homens que teve relações com pessoas do mesmo sexo manteve-se estável nos últimos 15 anos (4,1 por cento).
Quanto ao uso do preservativo, 89 por cento dos jovens entre os 18 e os 24 anos afirmaram que o utilizaram na sua primeira relação sexual.
Sobre a relação entre sexo e amor, 57 por cento dos homens inquiridos entre os 18 e os 24 anos consideram que não se pode ter sexo sem amor, ao passo que 72 por cento das jovens com essa idade defendem o oposto.
Para os autores do estudo, a representação da sexualidade nas mulheres está associada aos afectos e nos homens ao prazer.
ER.
Lusa/Fim