Barack Obama oficializa candidatura à Presidência dos Estados Unidos

Joshua Lott/Reuters

Obama diz que "a forma de fazer política em Washington deve mudar”

Pelo Partido DemocrataBarack Obama oficializa candidatura à Presidência dos Estados Unidos 10.02.2007 - 20h31 AFP, Lusa

O senador do estado norte-americano do Illinois, Barack Obama, oficializou hoje a sua candidatura às eleições presidenciais dos Estados Unidos no próximo ano. Obama é já considerado um dos principais adversários de Hillary Clinton na corrida do Partido Democrata à Casa Branca.
"Hoje, estou perante vós para anunciar a minha candidatura à presidência dos Estados Unidos", afirmou Obama perante uma multidão de apoiantes em Springfield, no Illinois, a cidade do antigo Presidente norte-americano Abraham Lincoln, símbolo da abolição da escravatura.Obama tinha anunciado no mês passado a formação de uma "comissão exploratória", que lhe iria permitir sondar a opinião pública e finalmente decidir se daria ou não o grande passo e entraria na corrida à Casa Branca. "Admito que há uma certa presunção, uma certa audácia, ao fazer este anúncio. Sei que não passei muito tempo a conhecer os meandros políticos de Washington. Mas já passei o tempo suficiente para saber que a forma de fazer política em Washington deve mudar", declarou Obama.Aos 45 anos de idade, filho de pai queniano e mãe norte-americana, o senador de Illinois (cargo que ocupa há dois anos) é considerado o primeiro negro a ter sérias hipóteses de chegar à Casa Branca, sendo já considerado o principal rival da senadora Hillary Clinton, a mulher do ex-Presidente Bill Clinton, para obter a nomeação democrata para a eleição de 2008.Obama ganhou notoriedade nacional com dois livros recordistas de vendas, "Sonhos do meu pai" e "A audácia da esperança" e com uma mensagem que dirigiu à Convenção Nacional Democrata de 2004. A sua posição sobre a guerra no Iraque também lhe permitiu ganhar apoio entre os que se opõem à presença norte-americana naquele país. Obama chegou a propor uma lei que impede o Presidente George W. Bush de enviar mais de tropas e que obriga à retirada das forças até 31 de Março de 2008.