domingo, janeiro 14, 2007

John Gottman, em entrevista à revista Sabado

Estava a ler com algum interesse, das não muitas vezes que isso acontece, dei-me em destaque pela entrevista deste psicólogo americano que, segundo diz a revista é um especialista quando se fala em casamentos.
É judeu, tem 64 anos e é casado há muitos.

Destaco 3 passagens que me chamam a atenção:

O que é mais importante para que uma relação resulte?
A amizade. Quanto mais amigos forem, melhor será a relação. Costumo dizer que todos os casais têm que investir na conta bancária sentimental de cada um. Ou seja, têm de cultivar o amor com os gestos afectuosos mais simples, um beijo pela manhã, fazer um elogio, ter capacidade para ouvir o outro. Para que em momentos de crise possam recorrer a esta conta e aperceberem-se do quanto vale a relação.

Porque é que há tantos divórcios?
Uma das razões é que nem todas as pessoas devem casar. Para que um casamento resulte ambos têm de concordar com algumas regras básicas, a mais comum é a exclusividade sexual, ou seja, a fidelidade. Além disso, têm de compreender que numa relação é preciso fazer sacrificios. As pessoas não estão dispostas a fazer cedências e se esse é o caso acho que estariam melhor sozinhas. Se recusam o compromisso é porque querem ser livres e numa relação há sempre uma dependência implícita.

Acredita que o amor é eterno?
Dos casais que acompanhamos ao longo de décadas concluímos que o amor e as realações melhoram com o tempo. Dá-se mais atenção ao outro e valoriza-se mais os actos de ternura. O amor é como o vinho, quantos mais anos melhor. As pessoas que não têm paciência para relacionamentos e ficam sozinhas morrem mais cedo.

2 Comments:

Blogger maria josé quintela said...

Curioso... mas não acredito em receitas colectivas. Cada um tem a sua receita própria. Porque os ingredientes são exclusivos.
Daí os mal entendidos...
(mas esta não é nenhuma tese!Tomara tê-la!)

domingo jan. 14, 01:05:00 da tarde  
Blogger MJ said...

Boa tarde (aqui..):-))

Como disse a comentadora que me antecedeu, cada caso é um caso. Daí a dificuldade em falar-se de certezas quando a amostra é tão vasta.
Este é um dos temas que, por muito que se discutisse, não se chegaria a conclusão unânime...
Quem sabe, promover um debate, aqui no blog, uma destas noites?

Um beijo

domingo jan. 14, 05:45:00 da tarde  

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