sábado, janeiro 06, 2007

Chefe de Estado-Maior da Armada assume responsabilidade no caso da Nazaré

O almirante Melo Gomes assume que a Marinha nunca conseguirá explicar ao público não ter podido salvar todos os tripulantes.

Mário Caldeira/Lusa (arquivo)




O chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), almirante Melo Gomes, assumiu hoje toda a responsabilidade pelas tentativas falhadas de salvar do mar seis pescadores do barco que naufragou há uma semana na Nazaré, solidarizando-se com os marinheiros que tentaram o salvamento.
“Assumo todas as responsabilidades – as nossas – como é meu dever, certo de que todos saberão também assumir as suas, retirando lições”, afirmou Melo Gomes num documento divulgado internamente a que a Lusa teve acesso.O almirante assinala que “tudo” foi feito para salvar os pescadores do “Luz do Sameiro”, mas reconhece que a Marinha “nunca conseguirá explicar ao público” o facto de não ter podido salvar todos os sete tripulantes “a tão curta distância da praia”.Melo Gomes afirma-se seguro “da eficácia” com que os marinheiros utilizaram os meios ao seu dispor e sublinha que “só os que são do mar” podem compreender inteiramente uma situação como a que aconteceu na Nazaré.

Mais e melhores meios em perspectiva
“Melhorar e optimizar” são os objectivos apontados por Melo Gomes para a Marinha, para os quais conta com “mais e melhores meios, alguns já em construção, outros programados para breve”, embora reconheça que “infelizmente nem todos são possíveis face a muitas outras solicitações do Estado”.O CEMA estende aos marinheiros “o reconhecimento devido” aos que “365 dias por ano, 24 horas por dia, dão de si o melhor para cumprirem as suas missões”.Apesar de não ter conseguido salvar as vidas de seis dos tripulantes, a Marinha está orgulhosa “das 435 vidas salvas nas 661 acções de busca e salvamento” realizadas em 2006, ressalva Melo Gomes.

Lusa

Digo eu:
Concerteza que sim, independetemente dos objectvos que tenha uma posição destas.
A responsabilidade é sempre de quem lidera, assumir toda a responsabilidade, mesmo visualmente perante a sociedade.