terça-feira, novembro 28, 2006

VOLTEI A ESCREVER E O PRAZER QUE DÁ ESCREVER, FAZ LEMBRAR OS TEMPOS DO JORNAL "UNIÃO"

Foi-me pedido para inserir no Flash, como tema livre:

2. A Arte de Servir

O termo “servir” sugere-nos a todos, essencialmente cultura ocidental, um tipo de comportamento subserviente, de subjugação, de minoridade em relação e sobretudo a nós próprios porque ao olhar de quem em nós tem a mira para alguma coisa que muito provavelmente não sabemos, poderá interferir num julgamento menos apropriado face às nossas pseudo necessidades.

Encontrei uma definição de servir que me vai ajudar a desenvolver uma exposição que devemos sustentar cada vez mais:
Nada se adianta em imaginar que mandar é fácil, que, com um rosto hermético e uma voz imperiosa, está ganha a batalha. Para ser chefe, há que possuir aquele amor do próximo e aquela cultura que permitem conhecer os homens e perscrutar os mais íntimos recônditos da alma. Torna-se necessário pertencer também àquela aristocracia espiritual que tem por divisa: servir. Mas servir desinteressada, perseverante e corajosamente - consequência de convicções, entusiasmo, carácter.

Tenho bem presente quando comecei a comparar termos de referência, por exemplo, no que respeita a companhia aéreas e a partir do momento que comecei a voar para oriente.
As coisas são bem diferentes agora.
A ocidente o facto de ser “crew member” de um avião, era sinónimo de estatuto social, de superioridade visível.
A oriente, ser parte de uma equipa que irá ajudar um conjunto de passageiros a passar o melhor possível o seu tempo e acima de tudo fazer com que esses passageiros sejam um meio de comunicação para outros passageiros, o quão bem foram servidos, o clima agradável que passaram o seu tempo, a forma amistosa como resolveram o problema que “me” surgiu pelo caminho.

Diria que entre uma e outra coisa deveremos ter o sentimento de dever não cumprido e a convicção de dever cumprido.

Está escrito que “O que fazemos em vida ecoa pela eternidade…”.
Assim é nas nossas vidas pessoais, na nossa actividade profissional e na vida das empresas. O que fazemos de mal e de bem servirá como referência de quem se serviu desses nossos actos.
As empresas cada vez menos escapam a este julgamento e daí que tanto se fale hoje em dia no serviço e nas capacidades que as empresas desenvolvem ou na capacidade que a empresa tem para desenvolver meios de reconhecimento na verdadeira qualidade de bem servir e que os seus clientes, os seus intervenientes no jogo do negócio, o tomam como boa referência na tão necessária diferenciação para que o mercado nos prefira, em vez de escolher outros para fazer dinheiro, único resultado visível da existência do negócio.

Servir, como sinónimo de desenvolver competências pessoais e técnicas para performance de excelência no meio que se insere.