Acabar com a violência doméstica
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Muitas vezes, as mulheres agredidas acabam no hospital.
Amnistia insta Portugal a criar mais casas de abrigo.
A Amnistia Internacional (AI) instou hoje Portugal a criar com urgência mais casas de abrigo para acolher vítimas de violência doméstica, um crime que no ano passado levou à morte de 33 mulheres.
Num relatório intitulado "Acabar com a Violência sobre as Mulheres", hoje divulgado, a Amnistia salienta que as 30 casas de abrigo actualmente existentes, que acolhem cerca de 450 mulheres e crianças, "são insuficientes", sendo "urgente" a criação de novos espaços e "vital" a reestruturação do Serviço de Infor mação às Vítimas, disponibilizado através de uma linha verde.
Considerando que o encaminhamento das vítimas é "extremamente complicado" em certas alturas, nomeadamente à noite, em época de férias e no Natal, a AI recomenda ainda como urgente a criação de infra-estruturas que permitam acolher temporariamente as mulheres e os seus filhos, "24 horas por dia e 365 dias por ano".
Segundo dados das autoridades policiais referidos neste relatório, mais de 18 mil casos de violência doméstica foram denunciados no ano passado à PSP e à GNR, um número que representa um acréscimo de cerca de sete mil ocorrências d esde 2000.
Só a PSP registou em 2005 mais de 9.800 queixas de violência doméstica a nível nacional, o que corresponde a um aumento de cerca de 16 por cento relati vamente ao ano anterior.
As grandes cidades registaram o maior número de casos, com Lisboa a lid erar as denúncias (quase 30 por cento do total), seguida do Porto (21,6 por cent o) e de Setúbal (7,9 por cento).
O aumento de ocorrências verificou-se igualmente na GNR, que registou 8 .377 casos de violência doméstica em 2005, mais 18 por cento do que no ano anterior.
No total, 33 mulheres foram mortas no ano passado pelos respectivos com panheiros e outras doze perderam a vida, só nos primeiros cinco meses de 2006. Apesar dos dados das autoridades policiais, a Amnistia salienta que não é possível saber quais são realmente "os valores das chamadas cifras negras, os casos que nunca chegam a ser denunciados".
Entre os 13.511 casos de violência doméstica registados em 2004 pela As sociação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), 57 por cento não foram denunciados às autoridades policiais, lembra a Amnistia.
Com Lusa
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